Pesquisa da Ipswitch mostra resultado surpreendente: 35% das empresas europeias planejam incluir wearables no ambiente de trabalho em 2015
Sou um apaixonado por redes e por tudo aquilo que as mantém no ar. Também sou louco por gadgets e por tudo o que me mantém ativo. Por isso, tenho acompanhado de perto e com muita atenção as novidades ligadas às tecnologias vestíveis – e estou de olho no que podemos esperar de tudo isso ainda este ano.
É importante esclarecer que, aqui, não falo apenas da tecnologia vestível de uso pessoal. Afinal, o que mais me atrai é o impacto que essa novidade poderá causar na segurança e no desempenho das redes corporativas.
Por conta disso, no fim de 2014, conduzimos uma pesquisa para tentar descobrir como as organizações planejam adotar a tecnologia vestível e o quão preparadas elas estão.
Para ser honesto, eu esperava que o hype em torno do assunto WYOD (Wear Your Own Device) fosse mais forte do que a realidade. No entanto, fui surpreendido com o resultado do estudo: um terço das empresas europeias planejam introduzir algum tipo de tecnologia vestível no ambiente de trabalho, ainda este ano. Ou seja, em 2015, os equipamentos vestíveis serão adotados e ficarão conectados à infraestrutura corporativa de TI.
Falta política de gestão
Dentre os resultados mais preocupantes da pesquisa está o fato de que apenas 13% das organizações afirmaram ter uma política estabelecida para gerenciar o impacto das tecnologias vestíveis. E isso me leva a crer que as empresas pouco têm pensado nos efeitos da massificação dessas novas tecnologias sobre o desempenho e a segurança de suas redes.
Com o advento dessa nova tecnologia, os gestores de TI têm de rever políticas de uso, segurança e BYOD (Bring Your Own Device). Eles precisam saber quem está conectando quais equipamentos e para que o fazem. Além disso, é crucial que avaliem a capacidade de suas infraestruturas para suportar as tecnologias vestíveis. E, independentemente de os equipamentos utilizados nas redes corporativas serem de uso pessoal ou profissional, os ajustes às políticas e às infraestruturas são obrigatórios.
Se as políticas, tecnologias e ferramentas de monitoramento certas não forem devidamente implementadas, as empresas vão enfrentar desempenho fraco e baixa disponibilidade, além de problemas de segurança e compliance. Alguns mercados, como o da União Europeia, têm leis que regulamentam a proteção aos dados (EU General Data Protection Regulation – GDPR).
Tenha tudo isso em mente e as melhorias de produtividade – e o sucesso do negócio – serão naturais. As tecnologias vestíveis são a maior revolução desde a criação dos smartphones e as empresas precisam estar preparadas. Não há dúvidas de que esse mercado crescerá a passos largos, durante este ano. Qualquer um que precise de acesso imediato a dados importantes pode se beneficiar do uso de equipamentos vestíveis no ambiente de trabalho. Porém, as boas oportunidades nunca vêm sem obstáculos. Aceite as tecnologias vestíveis, pois elas vieram para ficar!
* Alessandro Porro é vice-presidente internacional de vendas da Ipswitch, empresa americana especializada em software para monitoramento de redes, aplicações e servidores, e transferência de arquivos entre sistemas, parceiros de negócios e clientes.