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Descubra como configurar uma rede Wi-Fi à prova de erros

O sinal de Wi-Fi da sua empresa cai toda hora? Entenda o que pode causar esse problema e como configurar a rede ideal.

Igor Ide, Coordenador de Suporte – WAN Tecnologia

Você está vendo um vídeo pelo YouTube e ele trava de repente. O arquivo do Google Drive que você está editando fica offline, te fazendo perder os últimos minutos de trabalho. Um F5 na página e o dinossauro do Google Chrome aparece para te avisar: o Wi-Fi caiu mais uma vez.

Antes de ligar para a provedora de internet, entenda nesse artigo quais são as possíveis causas desse problema e como você pode montar uma rede de Wi-Fi corporativa mais estável, rápida e segura.

Como montar uma boa rede de internet

Comece definindo qual é o raio de cobertura do Wi-Fi, quais são os equipamentos conectados à rede e quantos dispositivos serão usados. Dessa forma, você será capaz de dimensionar corretamente a velocidade de conexão e o alcance. Uma TV, por exemplo, exige uma conexão rápida para transmissões de vídeo, já uma impressora pode funcionar com uma velocidade menor, considerando que o arquivo é enviado na medida em que é impresso.

A tecnologia utilizada pelos aparelhos — celular, tablet ou notebook — determina também o tipo de roteador ou Access Point utilizado. Hoje, a maioria deles utiliza o padrão 802.11N, enquanto os mais antigos operam com 802.11G e os mais novos, recém-lançados, se beneficiam do padrão 802.11AC, cuja velocidade chega a ultrapassar 1GB de conexão.

Para definir o melhor pacote de conexão, fique de olho também no número de dispositivos conectados simultaneamente à rede Wi-Fi. Verifique se a velocidade contratada é suficiente para garantir uma boa navegação em equipamentos que compartilham a mesma internet. Um roteador que trabalha na frequência de 2.4 Ghz normalmente suporta entre 25 e 30 conexões simultâneas. Essa restrição de frequência indica que, mesmo comprando o melhor roteador do mercado, você não conseguirá conectar mais de 30 dispositivos. Nesse caso, aumente o número de Access Points ou adote uma frequência superior de 5 Ghz. Mas fique de olho para que os equipamentos sejam compatíveis com esta tecnologia.

Ter essas informações em mente é fundamental para o momento de configuração de uma nova rede Wi-Fi. Se você já tem uma rede em funcionamento e observou alguns problemas de queda de sinal, confira abaixo como corrigir.

 Como corrigir os problemas de conexão da minha rede Wi-Fi

1 – Troque o canal do roteador para melhorar a qualidade do sinal

Para identificar se o problema está na frequência de 2.4 Ghz, faça o seguinte experimento: ande pelos corredores com um smartphone ou um notebook nas mãos observando quantas redes sem fio existem perto de você. Softwares como o Wi-Fi Analyzer, compatível com Windows e Android, identificam quais são essas redes e em qual frequência elas trabalham.  

O excesso de redes dividindo o mesmo canal pode interferir na qualidade da conexão. Por isso, dentre os 13 canais existentes no seu roteador, procure por três canais específicos, os únicos sem sobreposição: 1, 6 e 11.

Wi-fi Analizer
Wi-fi Analizer

No gráfico acima, é possível perceber como as redes estão sobrepostas: a amarela e a vermelha estão no canal 1, enquanto a azul está no 2 e a ciano no 3. Essa sobreposição causa interferência no sinal. Já a cinza claro está no canal 6, sem se justapor à amarela ou à magenta que está no 11. Evite usar os canais acima de 11 porque muitos dispositivos, dependendo do país de origem, não suportam a conexão.

Caso sua rede opere na frequência de 5 Ghz, fique despreocupado: não haverá problema de sobreposição. Verifique, somente, qual canal tem menos redes sendo utilizadas. Em alguns aparelhos, existem até 42 opções à sua escolha.

2 – Deixe o equipamento sempre em um local alto. 

Com menos barreiras físicas ao sinal.

3 – Atualize o firmware do roteador ou Access Point.

Ele costuma apresentar correções de problemas e segurança, além de melhorar a estabilidade.

4 – Troque a senha de acesso.

Se você ainda usa a senha padrão, troque imediatamente. Depois de algumas tentativas, ela pode ser facilmente encontrada na internet, comprometendo a segurança da sua rede.

5 – Configure a senha do Wi-Fi utilizando a criptografia WPA2

Escolha também uma senha forte, ou seja, que combine letras, números e outros caracteres. Isto evita invasão do roteador e alterações de configurações que comprometem a segurança da rede.

6 – Coloque as antenas na posição correta.

As antenas são omnidirecionais, quando estão na vertical, o sinal é propagado horizontalmente e, se estiverem na horizontal, o sinal é transmitido verticalmente. Em roteadores com mais de uma antena, instale cada uma em posições distintas, sem precisar deixar todas “de pé”.

7 – Tome cuidado ao trocar as antenas.

O seu roteador foi configurado para trabalhar bem com a antena original. Mesmo que você coloque uma versão mais potente e isso aumente o alcance do sinal, você sentirá uma queda no desempenho e na estabilidade da rede.

8 – Instale o maior número de roteadores possível.

Fique de olho para que os Access Points não interfiram um no outro, cobrindo com eficiência a área desejada.

9 – Evite ao máximo os repetidores.

Idealmente, passe um cabo de rede ou configure outro Access Point.

10 – Utilize um Powerline para ampliar o alcançe

Transmite o sinal de internet pela rede elétrica, simulando um cabo de rede. Vendido na forma de um kit com dois adaptadores: o primeiro,instalado perto do roteador ligado por cabo, propaga o sinal da internet por meio dos fios da rede elétrica até chegar em outro equipamento ligado na mesma rede.

11 – Evite clonar a rede Wi-Fi com repetidores ou com adaptadores powerline (PLC).

Os equipamentos não são integrados entre si o que pode, ao contrário do esperado, atrapalhar ainda mais a conexão.

12 – Considere que paredes, portas e vidros podem bloquear o sinal.

Todo material tem um grau de absorção ou reflexão do sinal Wi-Fi, por isso, quanto mais barreiras, pior o sinal. Importante lembrar que a água é um dos piores bloqueios, já que absorve praticamente todo sinal que chegue até ela.

13 – Verifique se existem outros equipamentos sem fio, como telefones ou conexões ativadas de bluetooth, causando interferências no sinal.

Os aparelhos mais novos utilizam uma frequência menor de 1.9 Ghz, mas também podem interferir no sinal de 2.4 Ghz das redes de Wi-Fi.

14 – Quanto mais longe, pior o sinal.

Por consequência, pior será a velocidade de conexão.

15 – Veja se existem outras pessoas acessando a internet a uma distância grande do roteador.

Um aparelho com conexão fraca interfere na qualidade da rede como um todo, baixando a taxa de transferência do Wi-Fi. Se a área de cobertura for muito grande, tente usar mais de um roteador, pois, mesmo que você esteja ao lado dele, uma pessoa mais distante pode interferir na velocidade de conexão do seu equipamento.

Com essas informações em mente, você deve se perguntar: por que esses problemas de conexão com Wi-Fi são tão comuns?

Na prática, a falta de conhecimento sobre as redes sem fio leva a maior parte dos empreendedores a instalar o equipamento errado. Mesmo que o uso da rede sem fio seja restrito aos celulares, uma conexão lenta é sentida por todo mundo no dia a dia. Além disso, a maior parte das redes pode ser acessada por outra pessoa da rua, já que não tem a proteção de segurança necessária. Essa porta aberta é o caminho mais fácil para uma invasão da rede, já que existem diversos programas criados para descobrir senhas de Wi-Fi mais fracas.

Então, como devo escolher um bom roteador para a minha empresa?

Os equipamentos mais utilizados são os famosos D-link e TPlink. Porém, além dessas marcas habituais, existem outros aparelhos com uma performance superior como os da Cisco, HP e Sonicwall. Com eles, é possível configurar uma rede Wi-Fi única em todo o escritório de forma inteligente. Assim, seu time não precisará trocar de rede cada vez que mudar de ambiente, podendo se conectar ao melhor sinal de forma automática.

Esse gerenciamento unificado, além de facilitar a configuração de todos os Access Points, permite ao empreendedor controlar quem pode ou não ter acesso à rede, bloqueando alguns sites e informando quanto cada pessoa consumiu de internet — de forma segmentado por sites como Facebook, YouTube, Spotify e outros.

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